sexta-feira, dezembro 25, 2009

Política x Games: Uma eterna guerra

Não gosto muito de comentar determinados assuntos políticos, mas política faz parte de nosso cotidiano e deve ser levada a sério. Se você gosta de games principalmente com aqueles que ferem "os bons costumes" você deve acompanhar a progressão das votações do projeto de lei 170/60 do senador Valter Pereira. Este projeto prevê punições para fabricar, importar ou distribuir jogos de videogames ofensivos aos costumes e as tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos. Dê adeus a seus games de guerra e matança insana meu amigo.

Caso a lei seja aprovada haverá um grande retrocesso no mercado nacional de games, além de banhado de pirataria, estaremos sobre um filtro de conteúdo nos games que beiram o ridículo. Nada contra projetos de lei que tem a intenção de minimizar os danos de conteúdos violentos, porém vamos aos fatos de nosso Brasil.

Os principais filmes assistidos no país possui um alto grau de violência, inclusive as principais produções nacionais como Tropa de Elite e Cidade de Deus. As músicas que ouço nas ruas são banhadas de apologia ao crime, a marcas capitalistas e a banalização sexual. Os folhetins possuem entre suas lições de moral um tanto de sexualidade, violência e preconceito.

Não sou contra ações políticas bem intencionais contra a violência ao contrário sou um entusiasta disso, mas controlar conteúdos para tentar remediar as mazelas sociais é um erro grave, conforme o post do blog NSN o tal redator nunca jogou um game antes, como ele pode ter conhecimento de causa para afirmar tais acontecimentos, utilizando apenas fatos isolados para apoiar uma lei.

E a tal liberdade de expressão onde é que fica, tão enfatizada pela imprensa, ela não é estendida aos games que são para nossa geração uma cultura que deve ser respeitada. Por volta e meia vejo alguém comentar sobre games negativamente em grandes vitrines de programas de jornalísmo e colocar pequenos artigos falando dos efeitos positivos dos games.

Bem a hipocrisia é algo normal em nossa sociedade, por isso que temos políticos dando lições de morais e depois levando dinheiro dos contribuintes na cueca e depois agradecendo a Deus pela graça alcançada, isso não é ofensivo a moral e bons costumes?

terça-feira, dezembro 22, 2009

Bela tipográfia da apresentação de Portal



Um trabalho original atrai mais coisas originais, está é uma animação tipográfica da música de finalização do game Portal distribuído pela Valve. Reparem no uso da tipografia, acho que o tipo usado é a Helvética, me corrijam se estiver errado, trabalhando o sentido dessas placas que vemos no mêtro, na sinalização da rua, etc. O uso de ícones para substituir determinadas palavras é genial e uma animação bem conveniente para a letra desta música feita para o game.

Uma animação para ficar nos favoritos do You Tube!!!

domingo, dezembro 20, 2009

Braid: A magia dos jogos independentes

Relaxe e divirta-se com este belo game em 2D.



Alguns games nos fazem relembrar o passado, na época que tudo era novidade para nós, quando gráficos 3D não importavam, o grande barato era a diversão, tive a oportunidade de viver estes tempos em meados dos anos 90. Hoje a indústria dos games mudou, a preferência é por jogos robustos e cinematográficos.

Bom nem sempre é assim, convido o leitor a experimentar uma nova experiência em games nos tempos modernos, seu nome é Braid e fará você voltar ao passado. A história desse jogo se resume em um rapaz com visual bastante engraçado para um game, roupas sociais, em busca de sua princesa desaparecida, a história é contada através de fatos isolados, eventos soltos em algum local do tempo e da relação do rapaz com a princesa.

O jogo é um grande puzzle temporal, o personagem nunca morre, pois toda vez que ele é atingido por um inimigo você aperta Shift e volta no tempo!!! Está técnica permite estratégias diversificadas além de reparar erros cometidos durante a partida. Além de voltar no tempo é possível avançar no tempo, diminuir a velocidade do tempo, entre outras estratégias temporais.

O jogo é em 2D, com belíssimos desenhos e uma relaxante música de fundo que interage com a velocidade do tempo. é um jogo recomendável para amantes dos games de puzzles e aqueles que buscam mais do que diversão, mas também inspiração. O game é disponibilizado para PC, XBOX Live Arcade e PSN O game para PC pode ser comprado por 9,95 doláres.

Clique aqui e baixe o demo

Requisitos de Sistema

Windows

Sistema Operacional: Microsoft® Windows® XP / Vista / 7
Processador: 1.4GHz or faster
Memória: 768 MB or more
Espaço no HD: 200 MB or more
Suporte gráfico: DirectX 9.0c and Pixel Shader 2.0
Versão do DirectX®: DirectX® 9.0c
Controlador: Microsoft Xbox 360 Controller for Windows ou teclado


Links
relacionados:


Site oficial do jogo: http://braid-game.com/
Site da Play Green House (para adquirir o jogo completo): http://www.playgreenhouse.com

sábado, novembro 14, 2009

Civilization IV: Sobre ombros de gigantes

Um jogo clássico que nunca envelhece, evolui e ensina a industria dos games como manter os gamers por um longo tempo.

Quanto tempo você joga um título de game? É uma pergunta bastante particular, particularmente eu não consigo ficar muito tempo em um título, não sou o tipo "Gamer Hardcore", aquele que só sossega depois que fechou o game de todas as formas possíveis. Sou o gamer mais do momento, gosto de curtir o jogo, porém sem compromisso de fecha-lo.

Alguns que lerão este artigo já conheçam o título, ou talvez a franquia, mais é certo que Civilization é um game clássico, que sobrevive a gerações e cultuado por uma geração de geeks, muitos lembram de perder a madrugada jogando.

O fato é que Civilization é uma franquia desenvolvida por Sid Meier, o segundo homem mais importante do mundo dos games, perdendo apenas para Shigeru Miyamoto da Nintendo. Este foi a segunda pessoa a ser incluída no Corredor da Fama da Academia de Artes e Ciências Interativas. Vocês podem achar exagero, mas este homem foi responsável pelo desenvolvimento dos primeiros jogos de estratégia de guerra, hoje é possível encontrar diversos títulos deste tipo graças ao empreendedorismo deste homem.



Após a breve introdução vamos falar do jogo. Civilization IV é um jogo de estratégia baseado em turnos lançado em 2005. Seu objetivo é construir uma civilização e trona-la gloriosa. Você começa na pré-historia e avança conforme as eras, ultrapassando até os dias atuais.

A primeira característica deste jogo é que ele é baseado em turnos, cada jogador escolhe determinadas ações no turno como movimentos, construções e ataques. O tempo das construções é baseado no número de turnos necessários. Os seus Civs (as pessoas de sua civilização) são movimentas como peças de xadrez atráves do mapa, isso é uma vez por turno.



Civilization combina muitas características, é um jogo de exploração, pois você deve alcançar novos recursos além de expandir suas fronteiras com novas cidades. Um jogo de estratégia de guerra, afinal uma civilização gloriosa deve atacar e defender para sobreviver e crescer. Este game te põe no papel de um grande líder, que arquiteta o desenvolvimento de uma nação. Um poder que o jogo lhe oferece é de tomar decisões para seu povo.

Porém o que faz este jogo um clássico e na minha opinião o melhor jogo de estratégia de todos os tempos, é o fato de que uma composição artista existe por trás de seu desenvolvimento, a primeira é o vídeo de entrada que mostra a dimensão do jogo, embalado por uma maravilhosa música de fundo que parece te inserir no papel de um grande líder.

Depois vem a hora de escolher um líder, aí possui uma lista com os grandes nomes de nossa história, a escolha de um interfere na sua estratégia, este são caracterizados através de caricaturas animadas que mostram sua peronalidade. O jogo tem uma música de fundo conforme a era que você estiver, o que deixa a coisa mais emocionante, com músicas de compositores consagrados como Mozart e Bach.

Toda a caracterização do jogo é muito legal, as unidades emitem frases características de seu povo, outro ponto bastante legal é que a cada nova descoberta de tecnologia, uma frase famosa é usada para ilustrar aquele acontecimento.

Existem muitas outras coisas neste jogo mais não vou me prolongar muito prefiro que vocês mesmos descubram todo o resto. Aconselho a todos os fãs de estratégia. Mas não esperem um jogo cheio de ação, comparem civilization com um xadrex, onde se movimenta peças, as vezes sendo necessário descarta-las.



Por fim, gostaria de reenvidicar que mais jogos desse tipo apareçam no mercado, simplesmente violência torna esta mídia que é os games, algo apenas banal e inutil, além de alimentar uma geração de falsos moralistas a continuar especulando sobre a inutilidade dos games. Civilization IV é um jogo obrigatório para os futuros líderes de nações e empresas entenderem toda a dimensão do poder que eles têm.

domingo, outubro 25, 2009

MGMT - Oracular Spectacular

"MGMT, de The Management, é um grupo de Indie Rock americano do Brooklyn, Nova Iorque. Seus membros são Andrew Vanwyngarden e Ben Goldwasser.Vanwyngarden e Goldwasser formaram a banda quando estavam no primeiro ano da Wesleyan University em dezembro de 2001. "Não estavamos tentando formar uma banda" disse Goldwasser. "Andávamos por aí, mostrando um ao outro músicas das quais gostávamos". Experimentaram Noise Rock e Electronica, e quando acabaram a Universidade fizeram turnê para Time to Pretend EP.Foram a programas como o The Late Show with David Letterman em 28 de janeiro e Late Night With Conan O'Brien em 15 de maio, onde tocaram Time To Pretend. Seu videoclipe Time to Pretend fez relativo sucesso no Brasil, chegando a tocar no Disk MTV. A banda tocou no Brasil em outubro pelo festival Tim Festival."

Clique aqui para ver o clipe da música Electrick Feel no Youtube.
Clique aqui para ver o clipe da música Kids no Youtube.

Comentário Rápido:

Psicodélico
Jovem
Hippie
Pop
Retrô
Inovador
Colorido

sábado, outubro 24, 2009

Metroid

Comentários rápidos:

Orgânico
Espiritual
Civilização perdida
Vírus
Vingança
Grotesco
Ciberpunk
Sombrio
Eletrônico
História surpreendente
Clássico

"O ultimo metroid está em cativeiro, a galáxia esta em paz!"

Senhor dos Anéis


Comentários Rápidos:

Cenas dramáticas apaixonantes.
Mago que merece premio nobel por frases marcantes.
Naturalidade dos personagens.
Tensão e vontade de desistir.
Final tão bonito, mas tão bonito que se torna paradoxal e causa uma estranha impressão de: "E agora, o que vai ser da minha vida?"

Lucidity: O que acontece quando você combina aventura, 2D e Tetris?



Acontece um game bastante interessante e nostálgico. Isto é Lucidity, produzido pela LucasArts para Xbox 360 e PC.



Procurando em alguns lugares encontrei algumas coisas bastante interessantes sobre este belíssimo jogo. Primeiramente este jogo pode ser chamado de "jogo conceito", onde existe uma clara tendência artística, já que os elementos contidos nele prendem com suas ligações.





A história do jogo é de uma menina sonhadora que tem uma relação bastante próxima com sua avó. Porém ela cai em um mundo de sonhos surrealistas, procurando sua avó que já está no final de sua vida. Então o jogo busca exatamente enfatizar a diferença de idade e o medo da menina em perder sua avó.



Agora vamos falar do que este jogo tem de diferentes dos outros, primeiro é um jogo em 2D, para a nova geração de games. Aos que acreditavam que bons jogos hoje só em 3D com bastante ação e violência, Lucidity leva o gamer a uma outra situação, a experiência em de se jogar um game onde ele deve usar a mente, e não apenas os reflexos para escapar de situações de perigo.





Outro ponto interessante do jogo é o visual, com bastante cores e desenhos surrealistas, o gamer é jogado em um sonho de uma garota e tem a sensação de estar neste sonho interagindo, mas não como ela, mais sim como um protetor dela, ou melhor o gamer é o ambiente.



Neste jogo você não controla a personagem, mas sim o ambiente, mas como? Simples são lhe oferecidas peças como molas, blocos e estilingues que são colocados no caminho da personagem para criar a situação mais segura para ela. Estás peças são aleatórias, assim como no Tetris, onde você pode no máximo segurar uma para mais tarde, isto cria a sensação de um novo desafio a cada nova partida jogada.





Em suma, Lucidity é um ótimo jogo para acalmar após uma partida de Left 4 Dead, Fallout, e outros do gênero, além de ser excelente para todas as idades, isto porque toda sua dinâmica é inspirada nas estórias infantis, porém cuidado o jogo é difícil, não se engane com sua aparência ele é um desafio e tanto para que quer uma diversão mais leve e tranquila, o que é pouco encontrado nesta nova geração de games.



Você pode visualizar o trailer deste game no link: http://migre.me/9Qcj



Fonte das imagens: The Xbox LIVE Community Team talks Games...and stuff

quinta-feira, outubro 22, 2009

Som de cinema em casa - Parte 2

Nesta parte, iniciarei os sistemas da era digital, mais interessantes (e confusos) que os anteriores.
Link para a parte 1.


Dolby Digital



E agora que começa a confusão. Lançado nos cinemas em 1992 junto com o filme "Batman: o Retorno", o sistema Dolby Digital foi lançado em sistemas caseiros em 1993 para as TVs digitais e em 1995 para DVDs.

Antes de eu explicar a mudança em "números de canais", devo explicar sobre a diferença na gravação e reprodução: o sistema Dolby Digital é, na verdade, um algoritmo matemático de compressão, ou seja, semelhante ao mp3 ele retira os sons inaudíveis (e alguns quase inaudíveis) para qua não haja desperdício de espaço em termos de memória. Com isso, criou-se um sistema prático, barato e de alta qualidade para armazenamento do som multicanal.

Pela primeira vez tínhamos uma evolução real no número de canais: agora, os canais não eram mais extraídos de uma matriz Estéreo, pois o sistema permite que todos sejam gravados e reproduzidos independentemente, criando-se o que são chamados de "canais discretos".

Desta vez, o sistema permite a gravação de 6 canais: 3 frontais (esquerdo, central e direito) e 2 surround (esquerdo e direito), além de um canal para sons graves. Com isso, crou-se o termo 5.1, ou seja, 5 canais mais 1 limitado para graves.


Posicionamento correto das caixas.
(as caixas que estão em branco pertencem a outro sistema, que será explicado mais para a frente)

Com isso, corrige-se vários "problemas" do sistema Dolby Pro-Logic:
  • No processamento Pro-Logic, a separação dos canais era sempre imprecisa. Dependendo da qualidade da gravação e do equipamento de reprodução, não se sabia exatamente quais efeitos sonoros que iriam para os canais surround e central, ficando algo "embaçado". A partir de agora, a separação dos canais é perfeitamente precisa, pois cada canal é totalmente independente do outro, criando uma ambientação muito mais realista.
  • No processamento Pro-Logic, os sons que eram direcionados aos canais surround eram limitados em frequência, ou seja, os sons mais graves e mais agudos eram "cortados", criando-se um som abafado. A partir de agora, os sons direcionados aos canais surround abrangem qualquer tipo de som, seja ele extremamente agudo ou extremamente grave (é possível, por exemplo, ouvir pratos de bateria sendo tocados atrás do espectador, algo que no Pro-Logic não era possível).
  • O canal surround deveria ser bem posicionado, caso contrário o espectador ouviria um som incômodo vindo de apenas um lado da sala, ou seja, se ele se sentar do lado esquerdo, vai ouvir somente o som surround vindo da esquerda, perdendo-se o efeito de ambiência. Isso passa a não acontecer mais, pois o canal surround foi separado em 2. Com isso, independende da sua posição na sala, o som surround, se bem gravado e editado, se espalha naturalmente, pois os sons dos canais surround esquerdo e surround direito são diferentes, além de criar uma sensação de ambientação e profundidade muito maior.
Além disso, o Dolby Digital permite a gravação de um canal para somente para sons mais graves (normalmente reproduzido pelo Subwoofer), para a criação de efeitos sonoros mais realistas, como explosões, cachoeiras, naves espaciais, som de motor de carro e caminhão etc.

Como você percebeu, eu sempre utilizo a palavra "permirte", pois o Dolby Digital tinha um "problema" que pode confundir muitas pessoas na hora de comprar um DVD na loja: da mesma forma que o Dolby Digital permite a gravação de 5 canais mais 1 para graves, ele permite a gravação de apenas 2 canais e, inclusive, somente 1!

Sim! Existem filmes em Dolby Digital que, naverdade, são Estéreo! Isso acontece exatamente graças ao fato de que Dolby Digital não se refere a quantidade de canais e sim ao formado do áudio, que cria uma compressão de alta qualidade que permite (mas não obriga) armazenar áudio multicanal.

Isso nos leva ao próximo sistema, que é o...


DTS



Sigla para Digital Theater System. Foi criado pela sociedade entre duas empresas: a NuOptix e a Universal, e lançado nos cinemas em 1993, junto com o filme Jurassic Park.

Os criadores do sistema perceberam a falha no planejamento do sistema Dolby Digital. Além disso, a compressão do áudio Dolby Digital, apesar de boa, não era perfeita. Perdia-se um pouco de qualidade, algo que era mais perceptível em filmes musicais e shows.

O DTS era, basicamente, um Dolby Digital anabolizado: DVDs gravados com DTS tinham que ter obrigatoriamente 5 canais mais o de graves! Além disso, a taxa de compressão é menor, criando um áudio final mais fiel ao gravado em estúdio.


Sistemas de 6.1 canais: Dolby Digital EX e DTS ES



Em 1999, a Dolby Labs. lança o primeiro sistema de 6.1 canais, seguido pela DTS, que são: o Dolby Digital EX e o DTS ES.

Pra não causar confusão, devo explicar que o sexto canal surround não é um canal independente, mas ele é extraído dos dois canais surround do sistema Dolby Digital comum e do DTS comum, utilizando um processamento semelhante ao Pro-Logic, só que somente para este canal traseiro.


Posicionamento correto das caixas (as duas caixas trazeiras reproduzem o mesmo som).
Observe as caixas em branco: elas representam o sistema Dolby Digital simples.

O que muda é no momento da edição, em que deve ser gravado o sinal para o sexto canal (que fica posicionado exatamente atrás do espectador), e é o processador que deve separá-lo no momento da reprodução.

Temos então: 3 canais frontais (esquerdo, central e direito), 2 surround (surround esquerdo e surround direito) e 1 traseiro.

Você deve estar achando que é exagero mas, acredite, não é! A diferença é bem perceptível. Imagine uma cena em que um avião passa por cima da câmera, indo para trás. O som deve acompanhar e seguir para trás também.

O problema é que, se for no Dolby Digital ou DTS comum, dependendo do posicionamento das caixas, esse efeito não será alcançado. O som vai passar pelas lateriais do espectador e, então, dará a impressão de ter simplesmente sumido.

Para corrigir esse "defeito" foram criados esses dois sistemas. Como o som é traseiro (e nós não temos os ouvidos virados para trás) não existia a necessidade de criar um canal traseiro totalmente independente. Por isso, esse canal é processado e extraído a partir dos dois canais surround.


Dolby Pro-Logic II/IIx/IIz



Você deve estar pensando que uma evolução do sistema Pro-Logic é uma tremenda babaquice. Lembre-se: nem tudo no mundo são gravações digitais (como os DVDs) e, por isso, havia a necessidade de melhorar o processamento do som Estéreo puro.


Posicionamento das caixas (semelhante às do Dolby Digital).
LFE: Low Frequency Efects, simbolizando o canal para graves.


Com isso, criou-se, em 2000, o sistema Pro-Logic II e, em 2002, as evoluções (Pro-Logic IIx e IIz). Resumidamente, estes processadores transformam o som original Estéreo em um som semelhante ao Dolby Digital, ou seja:
  • 2 canais surround reproduzindo sons diferentes, sem limitação nos graves e agudos;
  • Criação de um canal para graves.
Além disso, o processamento melhorou, criando uma separação mais precisa e realista do que o Pro-Logic "normal".


Dolby True HD e DTS-HD



Tanto no Dolby Digital como no DTS o áudio é comprimido digitalmente para caber no disco. Com a evolução das mídias (leia-se Blu-Ray), não havia mais a necessidade de comprimir o áudio (e, portanto, perder qualidade sonora).

O Dolby True HD e DTS-HD nada mais são do que o Dolby Digital e DTS gravados sem compressão, ou seja, com a fidelidade máxima possível, ficando idêndico ao som de estúdio.

Com isso, alguns detalhes sonoros, antes imperceptíveis, agora são possíveis de ser ouvidos. A diferença é mais perceptível em Blu-Rays musicais, onde os sons dos instrumentos ficam com um timpre praticamente idêntico ao som natural.


Desculpem pela extensão, mas realmente existe muita coisa para ser explicada. Acredite, pulei muitos outros detalhes que achei desnecessário explicar. Espero que agora você saiba como escolher melhor um equipamente de Home Theater e como comprar um DVD ou Blu-Ray compatível. Ou não...

Até mais!

Link recomendado: Blog do Jotacê.

Fontes:
http://lazer.hsw.uol.com.br/som-de-cinema3.htm
http://frank.mtsu.edu/~smpte/ninties.html
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/08/19/mixagem-de-audio-em-cinema-e-home-theater/
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/11/17/ouvindo-musica-com-dolby-prologic-iiiix/

http://www.fazendovideo.com.br/vtsom6.asp
http://www.cefala.org/~leoca/dolby/dolby01.html

quarta-feira, outubro 21, 2009

Som de cinema em casa - Parte 1

Tudo bem, este blog não é sobre tecnologia. Porém, creio que este assunto seja extremamente útil para os amantes de Cinema de boa qualidade, que sabem que não somente a imagem como também o som é importante para criar a imersão no filme e também para permitir vermos o filme como o diretor o idealizou.
Portanto, criei este tutorial para você poder entender a diferença entre os nomes das tecnologias de "som multicanal" e não ser enganado, pois existe muita diferença entre as tecnologias.


Som Estéreo

Antes de mais nada, devemos lembrar que o Som Estéreo caseiro nasceu primeiro na música. Antes do final da década de 1950, todas as músicas, depois de gravadas, eram unidas numa única trilha, que depois era gravada nos discos da época para serem reproduzidos. A partir de 1957, o som começou a ser editado em duas trilhas, e não apenas uma, comm era antes.

A idéia original da técnica é simular a movimentação e posicionamento do som com apenas duas caixas, criando "caixas acústicas fantasmas móveis" entre as duas.


Posicionamento ideal das caixas acústicas deve ser bem afastadas (mas nem tanto), e viradas para o ouvinte

A trilha do filme (ou a música) era gravada em diversas trilhas (normalmente entre 8 e 16), uma para cada instrumento/efeito sonoro. No momento da edição final, os instrumentos/efeitos sonoros eram "posicionados" no espaço entre as duas caixas da seguinte forma:
  • Um som que viesse do lado esquerdo seria reproduzido somente na caixa esquerda, e um som que viesse do lado direito seria reproduzido somente na caixa direita;
  • Um som que viesse mais-ou-menos da esquerda seria reproduzido com um volume mais alto na caixa esquerda e mais baixo na direita, dando a ilusão de que o som vem de uma posição um pouco deslocada, como uma "caixa acústica fantasma" (ídem para o lado mais-ou-menos direito);
  • Um som que se movimenta da esquerda para a direita seria reproduzido na caixa esquerda com o volume diminuindo, e na direita com o volume aumentando;
  • Um som que viesse do centro seria reproduzido com um volume idêntido nas duas caixas, de forma que acaba criando a ilusão de uma "caixa fantasma" no meio das duas.

Com o Som Estéreo, criou-se o que ficou conhecido como palco sonoro, que seria a ilusão da posição do som no espaço. Uma gravação bem feita permite distinguir a posição de cada instrumento/efeito sonoro produzido pelas caixas.

Na década de 1960 foi que o Som Estéreo se popularizou. Porém, somente na década de 1970 foi que ocorreu o auge na técnica de gravação do Som Estéreo. Os instrumentos eram bem posicionados no palco sonoro, além de efeitos (bem) utilizados como reverberação e eco, utilizando a posição das duas caixas para criar a sensação de "som rebatendo" (a voz do intérprete se repetia diversas vezes nas laterais, criando a sensação de profundidade).

Porém, o Som Estéreo demorou para atingir a reprodução de filmes e programas de televisão. O primeiro videocassete Estéreo surgiu em 1978, sendo que as primeira transmissões de TV em Estéreo só iniciaram em 1986.


Dolby Surround





Em meados da década de 1970, a empresa Dolby Laboratories criou sistemas que melhoravam a qualidade da gravação e reprodução sonora dos filmes nas salas dos cinemas. Após a popularização deste, ela criou um outro sistema, que seria o "sistema multicanal definitivo": Dolby Stereo (não confundir com o Som Estéreo comum).

A idéia do Dolby Stereo era criar um som multicanal (na época, 4 canais) a partir de apenas 2 através de um algoritmo analógico. Com isso, criou-se um sistema prático, barato e funcional e que, acima de tudo, manteve a qualidade sonora.


Logotipo original usado no cinema. Ainda é possível encontrá-lo em algumas capas de VHS.

Depois do sucesso nos cinemas deste sistema, criou-se, em 1982, o Dolby Surround, que nada mais era do que o processador do Dolby Stereo mais simplificado, para ser utilizado em casa.

Diferente do som do cinema, o Dolby Surround reproduzia apenas 3 canais: 2 frontais (esquerdo e direito) e 1 surround (este último reproduzido em duas caixas ao mesmo tempo).

A idéia do Dolby Surround era a seguinte: através de uma técnica de gravação e reprodução chamada "matrixing" criava-se um terceiro canal "embutido" nos dois canais estéreo.

Processamento Dolby Surround original:
o som original é em Estéreo, mas o processador "extrai" o som surround


Este canal (Surround) deveria se dispersar pela sala, ou seja, ao contrário dos canais frontais, o canal Surround deve ser disperso e dar a sensação de ser algo "distante", para criar a "ambientação", ou os "sons de fundo" (que jamais devem roubar a atenção dos canais frontais).


Dolby Pro-Logic




O Dolby Surround tinha uma falha: se a sala fosse muito grande, e o espectador não sentasse exatamente em frente a tela, tinha-se a sensação de que os "sons centrais", principalmente as vozes dos personagens, estavam deslocados, ou seja, parecia que a voz não vinha da direção da tela, mas de uma posição ao lado dela (uma sensação bastante esquisita).

Para corrigir isso, a Dolby lançou, em 1987, o processador Dolby Pro-Logic: este sim criava 4 canais a partir de 2, que eram: 3 frontais (esquerdo, central e direito) e 1 surround.


Exemplo: cada cor indica um canal diferente.
Vale lembrar: o Pro-Logic no cinema era chamado de Dolby Stereo.

Como o Dolby Surround original, o áudio Dolby Pro-Logic era gravado como se fosse Estéreo (com apenas dois canais) e, depois, no momento da reprodução, os canais surround e central eram "extraídos" através do processamento.


Processamento Pro-Logic

Com este processador, as falas dos personagens ficavam muito mais claras e sempre posicionadas exatamente na direção da tela, independente da posição do espectador.


Com ainda há bastante assunto (ainda nem entrei na era digital), continuarei num próximo post. Espero que este texto esclareça a confusão de siglas e tecnologias, por isso, é inevitável que o texto fique um pouco grande. Até mais!

Continua na parte 2.

Fontes:
http://lazer.hsw.uol.com.br/som-de-cinema3.htm
http://eletronicos.hsw.uol.com.br/som-surround4.htm
http://www.audioclicks.com.br/blog/2009/10/01/estereo/
http://www.cinedie.com/som.htm
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/04/20/fantasound-de-walt-disney-foi-o-inicio-do-som-estereo-no-cinema/
http://super.abril.com.br/ciencia/como-funciona-som-estereo-441989.shtml
http://www.fazendovideo.com.br/vtsom6.asp
http://www.cefala.org/~leoca/dolby/dolby01.html

Imagens:
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/06/22/aprenda-a-posicionar-e-ajustar-suas-caixas-de-som/
http://www.audiorama.com.br/arquivoconfidencial/SURROUND.htm
http://www.audioexcellence.com.br/caixas_acusticas_comoposicionar.php
http://www.getprice.com.au/blog-hdtv-glossary-introduction.htm
http://www.practical-home-theater-guide.com/dolby-sound.html
http://www.cinemasource.com/products/av_process/about/about_avproc.html
http://www.tweaktown.com/articles/2833/dolby_labs_interviewed_regarding_pc_audio/index2.html
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Dolby_Surround_TV4.jpg
http://www.infomercial-hell.com/blog/2006/07/18/stereo-for-tv-infomercials/
http://www.hometheaterhifi.com/volume_11_2/denon-avr-3805-receiver-6-2004.html

http://en.wikipedia.org

terça-feira, outubro 20, 2009

Visão Superficial do Cinema Nacional Contemporâneo


Por: Maurício O. Freire

Há anos o cinema nacional deixou de ser aquele que costumava ser até a década de 1980: produções criativas, porém pouco caprichadas no que diz respeito à qualidade dos roteiros e habilidade e capacidade dos atores.



É indiscutível, também, o fato de a “era” das Pornochanchadas ter sujado a imagem das produções nacionais, que passaram a ser mal-vistas tanto aqui como lá fora, com atrizes e atores medianos (muitos bons que, felizmente, conseguiram sair desse ramos, passando a atuar em produções mais “decentes” e alcançando, até mesmo, o estrelato). Até hoje, para muitos, filmes nacionais são sinônimo de “pornografia” e muito palavrão. Não tiro totalmente a razão desses até porque, ainda hoje, temos visto um apelo grande em torno do erotismo e muitos diálogos vexatórios – e até mesmo constrangedores, dependendo do ambiente em que nos encontramos – que acabam, muitas vezes, por tirar o mérito de produções com qualidade suficiente para se destacar sem recorrer à apelação.

Mas há de se levar em consideração o fato de que muitos filmes nacionais trazem muito mais do que mero entretenimento ao expectador. Há uma infinidade deles, repleta de conteúdo, que nos fazem, ates de mais nada, refletir sobre o cotidiano do povo brasileiro, em suas diferentes culturas, espalhados por diferentes regiões do país. Hábitos e curiosidades que são ignorados por aqueles que vivem alheios ao que existe a sua volta. Há um mundo vasto ao nosso redor, povoado por pessoas de diferentes raças, diferentes comportamentos e gostos. E é justamente isso o que o cinema nacional – me refiro aqui aos filmes de qualidade – muitas vezes procura mostrar.
Eu, como um bom fã de filmes brasileiros que sou e, também, como grande observador que me considero, venho sempre buscando aumentar mais a minha lista de filmes assistidos, sempre atento a novas produções. E posso afirmar que tenho visto um festival grandioso, onde o principal tema é o ser humano em sua essência: seu vício, sua fraqueza, sua cobiça, seu egoísmo, sua compaixão e sua insensibilidade.

E não é suavizando situações dramáticas ou escondendo cenas tórridas que a natureza humana nos pode ser apresentada. É preciso um certo grau de realismo, o que exige maturidade do expectador – que deve ter a mente aberta para novas experiências e interesse em não apenas buscar entretenimento, mas manter os olhos abertos para a realidade que, muitas vezes, pode estar inserida em uma história de ficção.

Há muitos exemplos bons do que eu acabei de dizer, e que poderiam ser recomendados por mim, mas vou citar apenas alguns que considero ideal para aqueles interessados em enxergar o cinema nacional com outros olhos, e ver que ele também pode ser sinônimo de cinema de qualidade, não só pelos bons roteiros e atuações primorosas, mas pela visão realista que ele nos traz de nos mesmo (nós como brasileiros e, principalmente, como seres humanos).

– Dois Perdidos Numa Noite Suja (Filme de 2003, filmado em Nova York, porém com atores brasileiros e produção nacional).






















O filme, com direção de José Joffily, conta a história de Rita (Débora Falabela) que caracterizada como homem e adotando o nome de Paco, passa a se virar na grande metrópole procurando clientes homossexuais e oferecendo programas rápidos por alguns trocados. Tem um sonho de se tornar famosa e, é após encontrar Tonho (Roberto Bomtempo), um homem mais velho, porém em situação talvez pior que a sua, que ela passa a se questionar se essa é realmente a vida que quer, e se tudo isso realmente vale a pena. Porém fica a pergunta: qual a melhor opção para quem não tem muitas opções?

– Casa de Areia (Filme de 2005 com Fernanda Monte Negro, Fernanda Torres, Stênio Garcia e Seu Jorge e direção de Andrucha Waddington).






















Após serem levadas por seu marido a um local deserto do sertão nordestino para viver, Áurea (Fernanda Torres) e sua mãe, Dona Maria (Fernanda Monte Negro), se vêem presas, sem auxílio e sem perspectiva nenhuma de vida; mais ainda após o marido de Áurea, que está grávida, morrer e as duas terem de se virar para não passarem fome enquanto torcem para não terem seu único refúgio tomado pela areia do deserto.

– A Casa de Alice (Filme de 2007 com direção de Chico Teixeira).






















Alice (Carla Ribas) é uma mãe de família que mora na periferia da cidade de São Paulo. Trabalha como manicure e procura levar a vida do melhor jeito possível, lidando com um casamento fracassado, fechando os olhos para as traições do marido e não deixando de lados seus próprios desejos e necessidades. Tem em sua mãe a ajuda indispensável para cuidar da casa e dos filhos problemáticos enquanto está fora.

– Anjos do Sol (Filme de 2006, com Antônio Calloni, Chico Diaz, Otávio Augusto, Vera Holtz e direção de Rudi Lagemann).






















O Filme brasileiro mais triste que eu vi até agora. Conta o drama real de meninas que são vendidas para serem escravas sexuais em regiões isoladas do nordeste brasileiro. E mostra com que frieza e crueldade o homem é capaz de usar a inocência e fragilidade de outro ser para satisfazer as suas próprias vontades.


A lista é grande. Para continuar eu teria que dividir o Post em duas partes. Por isso, cito apenas alguns outros, sem entrar em maiores detalhes:

– O Cheiro do Ralo
– Amarelo Manga
– Baixio das Bestas
– Estômago
– Otávio e as Letras
– Saneamento Básico, o Filme
– Nina
– Querô
– Carandiru
– Cidade de Deus
– Ultima Parada 174

Aguardo comentários e também sugestões. O canal está aberto para aqueles que queiram expor suas opiniões. Até a próxima.

Saneamento Básico, O Filme

Por: Maurício O. Freire






















Para desmentir a lenda de que eu só gosto de filmes nacionais e dramáticos, dedico esse Post a um representante do gênero “Comédia”. Um ótimo representante por sinal.
Esse filme de 2007 é escrito e dirigido por Jorge Furtado e tem um elenco de peso, composto por Fernanda Torres, Wagner Moura, Lazaro Ramos, Bruno Garcia, Camila Pitanga, Paulo José e Tonico Pereira.
















A história mostra, de forma hilária, como um grupo de pessoas, moradores de uma vila pobre, se une com um propósito de conseguir o que a prefeitura do local vinha relutando em fazer há muito tempo: construir uma fossa para tratar de um problema de esgoto a céu aberto. Descobrem, porém, que o governo reservara uma verba no valor de R$ 10.000,00 para a produção de um filme de ficção, daí surge a idéia dos moradores de usar parte desse dinheiro para a construção da fossa e o restante na elaboração de um filme sobre essa reforma.
A parte cômica fica por conta do rumo que o projeto do filme toma, tendo a inserção de um monstro na história que acaba por atacar e matar a donzela indefesa. Por fim, acabam criando um verdadeiro filme trash, interpretado por atores totalmente despreparados, sem nenhuma noção técnica e que acabam sem motivação para concluir o projeto. Até que aparece Zico, interpretado por Lazaro Ramos que, com um pouco de conhecimento cinematográfico, acaba retomando a confiança do grupo e os ajuda a salvar o projeto.















Não há muito o que falar da excelente atuação de cada um dos atores. Lazaro Ramos continua arrancando ótimas gargalhadas do público. Fernanda Torres e Wagner Moura estão melhores do que nunca (ele, por falar nisso, não exagera no humor, abusando de trejeitos, como costuma fazer). Camila Pitanga surpreende mais uma vez, mostrando que realmente sabe fazer humor, assim como Paulo José, que vive um dos personagens mais engraçados do filme (seu Otaviano, pai da personagem de Fernanda Torres).
O roteiro é muito bem elaborado não fica cansativo em momento algum. São poucos aqueles que conseguem segurar o humor num filme do começo ao fim. E Jorge Furtado faz isso de forma brilhante. O resultado é um humor leve, nada apelativo, recomendado para toda a família, como poucos que vemos por ai.

domingo, outubro 11, 2009

Análise PSP-3000

Caros(as) leitores(as),

Estarei nas próximas linhas, descrevendo as minhas impressões sobre o PSP-3000, e fazer uma overview desse console portátil, que há cerca de 5 anos faz a alegria de muitos gamers.

Overview

O PlayStation Portable, mais conhecido como PSP, teve a sua primeira versão lançada no final de 2004. E foi a primeira investida da Sony nos ramos dos consoles portáteis, que antes era dominado pela Nintendo com as versões de seu Gameboy.


Para aqueles que gostam de competições e rivalidades, o grande rival do PSP é o Nintendo DS, que atualmente está na versão DSi. Os dois têm grandes diferenças, tanto em termos de hardware como em software, assim como o Wii e o PlayStation 3. Falar qual o melhor, dependerá muito do perfil do gamer e do objetivo da compra.

Mudanças PSP-2000 X PSP-3000

Lançada pela Sony em outubro de 2008, o PSP-3000 representa a terceira geração do PSP. Enquanto o PSP-2000 (segunda geração, também chamado de slim) teve o seu lançamento em setembro de 2007.

Há poucas diferenças entre as versões, e boa parte são pequenas melhorias de estética, como podemos perceber:
  • O botão de "home" agora tem o logo do PlayStation;
  • O logo da Sony, agora está no lado esquerdo;
  • Os botões abaixo da tela estão arredondados;
  • O circulo ao redo do logo do PSP está mais elegante;
  • A tela está ainda melhor, com mais brilho e constrante;
  • As bordas estão mais arredondadas;
  • Agora o PSP tem um microfone embutido, que fica do lado direito do botão de aumentar o volume.
Vantagens
  • Pode jogar em qualquer lugar;
  • Hardware muito bom, que permite que os jogos tenham gráficos que chegam perto dos do PS2;
  • Muitos jogos, boa parte são versões que foram lançados também para os consoles de mesa, mas há muitos games únicos, ou seja, só lançados para o PSP;
  • Franquias de sucesso como por exemplo: Final Fantasy, God of War, GTA, etc;
  • É possível navegar na Internet;
  • Assistir vídeos em uma tela sensacional;
  • Ouvir as suas músicas preferidas;
  • Além de jogar, ouvir música e assistir vídeos é possível usar o PSP como "celular", utilizando o Skype e o microfone que já vem embutido na versão 3000;
  • Duas opções de configuração da qualidade da imagem, uma com a cor menos vívida e outra mais;
  • Aceitar o uso de Memory Stick, que hoje já tem até de 32GB, para o armazemento dos dados;E utilizando acessórios, vendidos separadamente, é possível transformar o PSP em uma: câmera fotográfica, GPS ou TV-Digital.
Desvantagens
  • A realidade social brasileira oferece sérios riscos, ao tentar se divertir durante transportes públicos. Para tanto, é necessário uma boa dose de coragem, acompanhada de muita vontade para jogar. Resumindo, é osso jogar no trem/ônibus, ao ouvir um dialeto "mano", muito comum em tais locais, dá um frio na espinha;
  • Sendo um console portátil, é necessário utilizar bateria, que dura em média 3 horas de diversão. Então você pode ter chegado na última fase, lutando contra aquele monstro de 5 metros de altura, e de repente, ser derrotado pelo término da bateria. Portanto, quando a luz verde estiver piscando, salve o jogo;
  • Aos praticantes da utilização de jogos via memory stick, é necessário fazer o destravamento do console toda vez que ele reinicia. E ainda é bom ser paciente, pois o procedimento de destravamento, costuma não ocorrer de primeira;
  • O lindo acabamento do PSP tem um preço, após jogar, com certeza o seu PSP, deve ficar com uma acabamento mais personalizado, cheio das suas impressões. O jeito é não se importar, mas lógico que sempre que possível lavar as mãos antes de jogar e dar uma limpada no PSP, com um pano seco e limpo.
Conclusão

Os quase 5 anos de vida são bem justificáveis, o primeiro console portátil da Sony é sem dúvida, uma excelente fonte de diversão. Além de ter um hardware incrível, há MUITOS jogos bons, que farão com você passe boas horas de diversão.

A versão 3000 veio consolidar o sucesso da Sony nos ramos dos portáteis, com uma maior qualidade da imagem, proporcionada pela nova tel e a existência do microfone embutido, facilita a vida daqueles que utilizam o Skype, por exemplo.

Se você está querendo comprar-lo, essa é a hora, pois o dólar está baixo e em breve a versão Go estará nas lojas brasileiras. Ou seja, compre antes que acabe. ;)

Fonte

http://www.gamevicio.com.br/i/noticias/15/15182-sony-psp-3000-vs-psp-2000/

http://en.wikipedia.org/wiki/Psp

sábado, outubro 10, 2009

Olhar da Semana: Leandro

Por: Mauricio O. Freire


Leandro tem 28 anos e estuda para ser ator. Mora em Santo André com sua mãe e seu cachorro. Adora todas as expressões artísticas; para ele, a arte é uma forma de diferentes povos manifestarem sua cultura.

JO: Por que a arte é importante para a sociedade?

Leandro: Porque é através dela que as pessoas tentam transmitir algo de valor, muitas vezes chegando próximo de algo divino quando deixam de lado o egoísmo, o orgulho e, principalmente, a vaidade.


JO: De qual expressão artística você mais gosta?

Leandro: Cinema, inclusive documentários. Mas, na verdade, gosto de todas as outras: teatro, pintura, escultura, musica, etc.


JO: Qual filme te marcou mais, e por quê?

Leandro: Terra Estrangeira (de 1996 com Fernanda Torres e direção de Walter Salles). É um filme que fala sobre o acaso, propondo uma reflexão sobre isso e sobre os valores morais.


JO: E que tipo de música te interessa?

Leandro: Gosto muito de Blues, jazz e Rock n’ Roll.


JO: E por que esses ritmos?

Leandro: Porque são ritmos que mexem comigo. Não são mera “masturbação”. Existem sentimentos ocultos e a vibração meio que mexe com os sentimentos das pessoas.


JO: E, alem de ouvir, você também toca?

Leandro: Já toquei, mas hoje sou mais ouvinte.


JO: Algum musico ou banda que você admira?

Leandro: Gosto muito dos principais quintetos de Jazz. Sou muito fã de músicos como Miles Davis, John Coltrane e Wes Montgomery.


JO: O que você gostaria de ver um dia, de vivenciar?

Leandro: Uma apresentação musical em um circo em pleno deserto.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Análise: Elefante




Ficha técnica

Título original: Elephant
Gênero: Drama
Duração: 81 min
Origem: EUA - Alemanha
Estréia - EUA: 24 de Outubro de 2003
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Gus Van Sant
Produção: Dany Wolf

Análise

Por mais que um filme seja violento e pesado, a sensação, normalmente, é que há algo de falso nas cenas. Isso não acontece em Elefante. Na verdade, o filme nem é tão pesado assim, se formos levar em conta a quantidade de sangue vista no filme. Nele, não terá nada que um adolescente de 12 anos já não tenha visto num filme exibido em TV aberta.

Não, o problema não é este. Justamente por ser um filme muito mais realista, visceral, filmado sempre com longos planos-sequências*, sem iluminação artificial e trilha sonora, é que ele acaba se tornando muito mais angustiante.



O filme mostra um dia comum numa escola nos Estados Unidos, do que seria o equivalente ao Ensino Médio aqui no Brasil. Porém, os mesmos momentos são filmados de acordo com vários pontos de vistas. A câmera, sempre bem próxima ao personagem de quem o ponto de vista está sendo mostrado, dá a sensação de estarmos na pele de cada um.

É um filme belíssimo, bastante introspectivo. Você se sente no corpo de cada personagem que tem sua história contada. Pra aumentar mais ainda essa sensação, a edição de som amplifica nos momentos cruciais. Há também o recurso da câmera lenta, bem sutil, muito bem usado, para demonstrar momentos(curtos) de felicidade.

É impressionante, também, ver a naturalidade dos atores em cena. Pra quem não sabe, todos os atores são amadores, e interpretam eles mesmos.



Conforme o filme se desenvolve, vamos tentando encaixar melhor as peças e memorizar os personagens e cenas. Como o mesmo dia e mesmos momentos são mostrados de diferentes pontos de vistas, fica bastante informação para digerir, o que deixa o filme ainda melhor.

É interessante também observar os temas que são abordados. Como o filme mostra diferentes "tipos" de pessoas, vemos modos de vida, pensamentos, conceitos, preconceitos e situações que nossos olhos não costumam ver, mas que são muito comuns numa escola de classe média.

Caso você tenha se perguntado sobre a origem do título, aqui vai a explicação:

Primeiramente, é preciso entender o porquê do título Elefante . O nome faz referência a uma parábola budista na qual vários cegos tocam um elefante, e cada um o descreve de acordo com a parte que tocou: a pata, a cauda, a orelha ou a tromba. Mas nenhum é capaz de imaginar o animal em sua totalidade. A nós, é mostrada a “visão” de todos os cegos (uma de cada vez) da parábola, sendo assim, possível tirar nossas próprias conclusões e entender melhor o elefante. Pois, quando se tem a visão de um só dos lados da história, não é possível compreender o que está acontecendo nem o porquê. Fórum Cinema em Cena

Ah! Esqueci de um detalhe importante: o filme é baseado na tragédia de Columbine, em que um aluno aparentemente comum entra armado e mata muitas pessoas. Quase esqueci disso...

A partir daí, vemos um quase filme de terror. As situações são tão intensas e tão assustadoramente realistas, que leva quarquer coração à boca. Se a idéia do filme era boa, com certeza, no clímax, ela se completa, e temos um dos melhores filmes sobre "um dia comum porém realista numa escola".

Um filme para poucos? Não sei, mas um excelente filme, com certeza.

Nota: 10

*Plano-sequência: cena filmada sem cortes por um longo período de tempo, em que a câmera se movimenta para observar a situação exibida, como se fosse uma pessoa andando e observando.
Fonte das imagens e ficha técnica: Cinema com rapadura.



Trailer


domingo, setembro 27, 2009

Titanic: A Grande Injustiça

Por: Maurício O. Freire
















Essa manhã me peguei assistindo a mais uma exibição, pela TV Record, de uma das grandes obras do cinema americano: Titanic, de 1997 de James Cameron. E, enquanto me atia aos detalhes das cenas trágicas, ricas em detalhes e com uma carga dramática impressionante, me parei para refletir sobre o quão injustas muitas pessoas foram com esse filme a partir do momento que a “grande febre” foi perdendo intensidade.

Quem é que não se lembra do fenômeno que o filme foi na ocasião de seu lançamento – cinemas abarrotados, filas gigantescas em todas as sessões. Na TV, em muitas emissoras, eram exibidos documentários diversos sobre a tragédia ocorrida no inicio do século passado e que deu origem ao filme, e como o mesmo fora produzido (todo o esforço empregado pela produção, o orçamento necessário e etc). Muitos o consideravam o melhor filme de todos os tempos, e afirmavam se emocionar toda vez que o assistiam; inclusive gente famosa e formadora de opinião.

Sendo assim, por que, hoje, muitas pessoas nem se quer se lembram dele quando questionadas sobre quais filmes consideram os melhores já produzidos? Por que ele deixou de pertencer a listas dos mais bem elaborados e notáveis, na opinião geral? Por que criticam emissoras como a Record sempre que elas decidem exibi-lo, novamente, em sua grade de programação?

Talvez a mesquinhez de pessoas que se esforçaram em encontrar erros (pequenos) na obra, tentando provar que ela – apesar de grandiosa – ainda é imperfeita, tenha contribuído, em parte, para que ela caísse no esquecimento. Mas ai eu pergunto: é possível criar uma produção dessa grandeza, utilizando o mínimo de recursos gráficos (lembremos que uma réplica imensa do navio foi construída no México, com um tanque gigantesco) de forma que ela fique 100% perfeita? Sem falarmos na qualidade da história, que divertiu e emocionou talvez a todos que acompanharam as quase três horas de projeção.

Que ser humano, por mais talentoso que seja, e por mais recursos disponíveis que possa empregar, é capaz de atingir a perfeição? Me refiro, aqui, principalmente ao ramo cinematográfico. É uma pena quando as pessoas deixam de enxergar o conjunto da obra, sua intenção e todo o esforço empregado e passam a ver apenas os erros, criticando e questionando a capacidade dos seus realizadores. A essas pessoas, eu gostaria apenas de dizer: tentem fazer melhor!

E, se tivesse que escolher uma palavra diferente das que utilizei anteriormente para descrever o filme Titanic, eu escolheria: memorável.

sábado, setembro 26, 2009

Olhar da Semana: Dina

Por: Maurício O. Freire

Dina é funcionária Pública da cidade de Diadema, onde exerce a função de Técnica Administrativa. Tem 34 anos, é casada, mora em São Paulo com a família. Se considera uma pessoa com gosto diversificado para a arte, sendo bastante eclética no que diz respeito à música. Também adora ler (livros de ficção e os Clássicos da Literatura Brasileira), ver filmes e ir ao teatro.


JO: Você se considera uma pessoa Culta?
Dina: Sim, pois busco varias formas de me manter atualizada e de me entreter com algo que possa contribuir para minha formação intelectual.

JO: Para você, Arte está associada ao entretenimento?
Dina: Sim, pois deve ser, acima de tudo, algo prazeroso.

JO: Qual tipo de expressão artística você admira mais?
Dina: todas: Música, Dança, Teatro e Exposições.

JO: E com que freqüência você procura ir a lugares onde você possa ter esse contato com a arte?
Dina: Sempre que posso. Pelo menos uma vez por mês.

JO: Qual experiência mais te marcou até agora?
Dina: Uma apresentação que vi do Holiday on Ice.

JO: E o que você gostaria de ver algum dia?
Dina: A um espetáculo do Cirque du Soleil.

JO: Qual artista você adimira mais, seja Pintor, Cantor, Ator, Diretor ou Escritor? E por quê?
Dina: Dan Brown. Pela criatividade, o talento para escrever suspense e pelo dinamismo das suas histórias, que não ficam paradas e cansativas.

JO: Quais filmes você mais gostou e recomenda:
Dina: A Cor Púrpura (de 1985 com a Whoopi Goldberg e direção de Steven Spielberg), Pela reflexão que ele propõe quanto à questão do preconceito racial. E Seven (de 1995 com Brad Pitt e Morgan Freeman e direção de David Fincher), devido ao final surpreendente e todo o suspense e tensão do filme.

JO: E quanto a séries de TV. Alguma que você gosta e recomenda?
Dina: CSI, por conta dos enigmas e das investigações dos crimes, em si. E Plantão Médico, pelos temas diferentes abordados a cada capítulo.

JO: Por que a arte deve fazer parte do dia-a-dia das pessoas?
Dina: Porque é através dela que nós mantemos nossa mente aberta, nos permitindo novas experiências e um aprendizado constante. Só assim podemos nos tornar pessoas melhores.

Olhar da Semana: Nilva

Por: Maurício O. Freire


Nilva Helena tem 40 anos. É funcionária Pública há 7 anos, formada em Direito. Casada, mora em Santo André com o marido – seu parceiro de programas culturais. Adora cinema, teatro e procura esse tipo de entretenimento pelo menos duas vezes por mês.

JO: Você considera a arte importante para as pessoas? Por quê?

Nilva: Sim, fundamental. Ela faz parte da essência do ser humano.

JO: Qual filme você acha que te marcou mais e que você recomendaria?

Nilva: Um Sonho de Liberdade (de 1994 com Tim Robbins e Mogan Freeman com direção de Frank Darabont) pois mostra o esforço de um prisioneiro em provar sua inocência, lutando contra a injustiça e a corrupção.

JO: E tem algum músico que você admira?

Nilva: Emilio Santiago, pela voz maravilhora e a “roupagem”que ele dá às músicas que interpreta. E o compositor João Bosco, que considero muito talentoso.

JO: Com qual estilo literário ou escritor você se identifica mais?

Nilva: Sidney Sheldom e Daniele Still, porque adoro romances.

JO: O que ou quem você gostaria de ver de perto um dia?

Nilva: Os espetáculos da Broadway.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Curta de animação surrealista: Neighbours




Norman McLaren desenhando no filme

O projeto Cineclube, da cidade de Santo André (SP), tem uma proposta interessante: divulgar filmes fora do circuito comercial. Filmes independentes, que jamais seriam vistos por uma pessoa comum, pois são filmes fora de catálogo.

Numa das vezes que eu e um amigo meu fomos, assisti a um documentário sobre Norman McLaren, um diretor de curtas metragens de animação.

Pioneiro do cinema e fundador do departamento de animação do National Film Board of Canadá (NFB/ONF), Norman McLaren (1914–1987) é um dos maiores nomes da história do cinema de animação; um artista cujo brilho, criatividade e consciência social continuam a influenciar os cineastas até hoje. Desde as primeiras experiências cinematográficas na Escócia em 1933 até seu último filme no NFB/ONFem 1983, o conjunto das obras de McLaren revela talento e criatividade extraordinários, bem como profundas raízes humanistas.

McLaren era artista complexo e criador prolífico, e abriu novos caminhos e possibilidades dentro de um leque amplo de mídias e estilos. Foi um mestre do “filme direto” – ao desenhar e riscar no celulóide, criando até mesmo sons sintéticos ao desenhar sobre pistas ópticas sonoras. Abriu caminho na técnica chamada pixilation, na qual atores e objetos são filmados quadro a quadro e transformados em marionetes. Foi pioneiro na “música visual”, explorando novas maneiras para criar representações visuais da música que ele tanto amou, e outras vezes explorou o movimento puro. Cinema abstrato, surrealista, dança – nenhuma área ficou ausente da incansável imaginação de McLaren.

Norman McLaren, acima de tudo, era movido por um profundo compromisso com o pacifismo, os direitos humanos e a justiça social. Da mesma maneira como foi um inovador na forma, ele liderou a fusão da arte com a consciência social, e este legado inspirou gerações de cineastas engajados em questões sociais.

Fonte: Canadá Internacional

Um dos curtas que me chamou a atenção foi Neighbours. Feita com a técnica de Pixilation (descrita acima), a animação mostra como uma amizade entre vizinhos pode transformar-se em inimizade pela cobiça material e "territorial" - neste caso, uma flor que nasce entre o gramado das duas casas(!).

É interessante extrapolar a idéia do filme para algo maior, pois ele faz uma crítica ao instinto humano de procurar motivos (ou desculpas) para entrar em brigas (ou guerras).

Uma ótima animação, inovadora (mesmo para os tempos atuais), surreal, bem-humorada e imprevisível. Ganhador do Oscar de 1953.



Se você curtiu, fique tranquilo, pois no Youtube tem muito mais trabalhos de Norman McLaren!

Abraços!

Links recomendados:
Mini-críticas para mini-filmes: recomendação e exibição de curtas.
Animamundi: assista algumas das animações premiadas no Animamundi.
Portacurtas: portal de exibição de curta-metragens brasileiros.

domingo, setembro 20, 2009

Análise: Up - Altas Aventuras


Título original: Up
Gênero: Animação
Duração: 96 min
Origem: EUA
Estréia - EUA: 29 de Maio de 2009
Estréia - Brasil: 04 de Setembro de 2009
Estúdio: Pixar Animation Studio/Walt Disney Pictures
Direção: Pete Docter, Bob Peterson (Monstros S.A)
Roteiro: Bob Peterson
Produção: Jonas Rivera

Sinopse

"Os estúdios Walt Disney Pictures e Pixar Animation levam as plateias do cinema para bem alto e bem longe com seu show de fantasia "Up – Altas Aventuras". Apresentado em 3D, o filme conta a edificante história de um velhinho viúvo chamado Carl Fredricksen, com seus setenta e poucos anos de idade, passou a vida sonhando em explorar o planeta e viver plenamente a vida. Até que um plano mirabolante invade sua cabeça teimosa: fazer sua casa inteira levantar vôo e transportá-la dos Estados Unidos a um lugar em meio às montanhas da floresta venezuelana. Um erro de percurso faz sua casa cair e ele tem de seguir sua viagem a pé, com a ajuda de um escoteiro gordinho e muito dedicado. Mas nessa jornada eles vão enfrentar muitos vilões, bestas e situações absurdas."

Análise

Atualmente, não se discute se um filme da Pixar é bom ou ruim. Se discute se ele é melhor ou pior que Wall-e. Você pode duvidar da importância de Wall-e para o cinema mas, com toda certeza, foi um filme ousado, que revolucionou a forma de se fazer animação. Por isso, está sendo usado como referência.

Quanto a Up, alguns críticos influentes, como Pablo Villaça, dizem ser inferior ao Wall-e. Outros, como o Érico Borgo, do Omelete, disse que "provavelmente, a Pixar nunca vai atingir seu auge".

Eu, como fã de animação e como fã da Pixar, devo minha opinião: não é melhor que Wall-e e nem que Ratattouile, mas é melhor que Monstros S.A. e Procurando Nemo, por exemplo.

O início, que mostra a vida de Carl desde a infância até velhice, é de uma sensibilidade incrível. É sublime, espetacular.

Depois desta pequena, porém importante, introdução, o filme mostra um dia comum na vida de Carl. E, como de costume, o imprevisível: é interessante a cena que mostra o local onde Carl vive, causando uma surpresa - sendo inclusive uma cena engraçada.

Um pouco depois, quando a viagem propriamente dita começa, o filme muda de ritmo e clima, mas sempre com a sutileza característica da Pixar. Ele fica bem mais alegre - e também divertido e cheio de situações perigosas, típicas de filmes de aventura.




É incrível, também, a capacidade deles de criar personagens marcantes. Além do velhinho e do escoteiro mirim Russel, aparecem Kevin (uma ave gigante que é fêmea, apesar do nome) e Dug, um cão carente (aparentemente da raça Golden) e que fala (de uma forma curiosa e interessante, que não vou contar aqui).




Neste momento, surgem vários outros personagens - incluindo vários cachorros "falantes". A quantidade de cachorros falantes, e seus comportamentos, dão a sensação do filme ser mais infantil do que Wall-e - não que isso seja um defeito.

O único defeito, que faz com que o filme não seja tão bom quanto Wall-e, é a previsibilidade em alguns trechos do filme. Nada demais, afinal, as qualidades são tantas que enfraquecem os defeitos.

É interessante também observar a simbologia presente em algumas cenas: a casa voanto, que representa a liberdade alcançada na terceira idade, e a cena em que os móveis vão sendo jogados fora, que representa a libertação do passado - esta segunda, inclusive, é sublime.

Há um outro detalhesinho também, mas nada muito importante, que devo citar: a qualidade da animação da Pixar. Simplesmente embasbacante! O comportamento dos cães é idêntico aos cães reais. Vale lembrar que o filme está sendo exibido em 3D, que faz uma diferença grande, aumentando muito a imersão do filme.

Conclusão

É um excelente filme, recomendadíssimo para todo tipo de público, mas principalmente, pra quem é fã de animação. Apesar de não ser tão revolucionário quanto Wall-e, prova que a Pixar ainda tem muito talento, e que eles não dependem de "continuações" nem de "contos de fadas adaptados para o cinema", e que a ousadia continua sendo uma característica importante em suas criações.

Nota: 9

Trailer:
Youtube

Fontes:

Imagens, ficha técnica e sinopse:
Cinema com Rapadura

Análises comentadas no post:
Omelete
Cinema em Cena
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